06 april 2014

Definitivos....


2 kommentarer:

H.s. sa...

"Definitivos" eram os cigarros do avô materno.
Estava acamado, duas pernas amputadas, por má circulação sanguínea.
Ia lá casa de dois em dois dias. Fazia-lhe a barba e, depois, ia ao “Manel da Adega”, na Rua Castelo Branco Saraiva, comprar os maços de “Definitivos”.
O médico proibira-lhe os cigarros e era isso quelembrava, sempre, ao avô:
"O que queres que p’ra aqui esteja a fazer?”, respondia-me.
Não havia televisão lá em casa. Ouvia rádio: os “Parodiantes de Lisboa”, os relatos do Sporting, os serões para trabalhadores da Emissora Nacional.
Nunca há-de esquecer o prazer com que o avô puxava cada fumaça.
Pelos cigarros terá morrido mais cedo… mas morre-se por tantos motivos…
Compay Segundo, o cantor cubano, morreu aos 95 anos de insuficiência renal.
Com cinco anos de idade começou a fumar charutos que, a pedido da avó, acendia.
A avó morreu para lá dos 100 anos.

Julio Amorim sa...

Os cigarros que o meu pai fumou até ....deixar de fumar !
Recordo-me que era uma marca rasca (na classe dos Provisórios :-), mas aquele "pacote rijo" tinha a sua piada. Ainda fumei alguns pacotes disto mas, eram muito fininhos e ficava sempre com tabaco na boca.
Dos Parodiantes de Lisboa tenho boas memórias embora fosse miúdo, assim como da "Rádio Teatro" (?) que nos deixava acorrentados ao belo Blaupunkt com luzinha verde mágica. Agora relatos do Sporting ....só quando eles jogavam contra os melhores de Lisboa ! Traga sempre memórias caro H.S.

Abr.